terça-feira, 23 de outubro de 2012
Profissionais debatem a ITG 1000
Ontem (10/10) à noite, o presidente do CRCRS, Zulmir Breda, acompanhado do vice-presidente Técnico, Paulo Schnorr, e do integrante do Conselho Consultivo, Rogério Rokembach, fizeram um minucioso detalhamento, no auditório do CRCRS, sobre o que originou a ITG 1000 - Modelo Contábil Simplificado para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte- e as propostas nela contidas. A apresentação foi transmitida ao vivo, via internet, e teve duração de duas horas, das 19h às 21h.
Schnorr iniciou salientando a importância da edição, em 2009, da NBC TG 1000, em vigor desde 2010, uma vez que atinge cerca de cinco milhões de empresas em todo o País. Na busca de uma flexibilização da implementação dessa norma, foi criado um grupo de trabalho, o qual foi integrado pelas seguintes entidades: CFC, Fenacon, Ibracon, CVM, Apimec, Sescon - RJ e SP. Foram representando o CRCRS, Paulo Schnorr, Rogério Rokembach e Zulmir Breda. O vice-presidente Técnico esclareceu ainda que entre os desafios estava elaborar normas que contemplem as necessidades dos empresários e que se alinhem as NBCs, convergidas aos padrão IFRS, obedecendo aos Princípios de Contabilidade.
A ITG 1000 estabelece a obrigatoriedade do balanço patrimonial; demonstração de resultado do exercício; notas explicativas; permite escrituração resumida, desde que baseados em livros auxiliares; simplificação no cálculo da depreciação e carta de administração.
Rokembach defendeu veementemente a obrigatoriedade e execução da contabilidade para todas as empresas e citou a carta de administração como um avanço e o que realmente de novo apresenta esta interpretação técnica. Explicou que a carta delimita responsabilidades. Os administradores de empresas se responsabilizam pela fidedignidade e integralidade das informações prestadas aos profissionais contábeis.
A discussão teve prosseguimento com a participação dos presentes e dos assistentes on-line.
As sugestões e comentários ainda podem ser encaminhados para ap.nbc@cfc.org.br. A minuta ITG 1000 está disponível em www.cfc.org.br.
Comentários:
Trato a questão da ITG 1000 como uma espécie de retrocesso na política contábil brasileira, afinal, a escrituração contábil das pequenas empresas já é simplificada por si só, ao levarmos em conta que ficam sujeitas a apenas algumas seções da NBC TG 1000, com análise do forte argumento de que o benefício da informação deve superar o custo de obtê-la. Para contadores que, mais do que defender um modelo simplificado, defendem a eliminação da obrigatoriedade de escrituração contábil para microempresas, só resta uma palavra: PREGUIÇOSOS.
Em relação à carta da Administração, espero realmente que seja vista com bons olhos por parte do judiciário, quiçá possa até compensar algumas responsabilidades impostas ao contador pelo Código Civil de 2002.
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