quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Análise de Valor

         A simples idéia de criar um negócio implica na análise prévia do valor que esse empreendimento e seus produtos ou serviços representarão para seus potenciais clientes. (Percepção que o cliente cria do produto - critérios subjetivos).
         Suspeita-se, mesmo, que a Análise de Valor seja uma técnica de aplicação geral que utilizamos automática e inconscientemente em várias situações: ao ler um livro, assistir um filme, comprar algo ou ao sermos apresentados a uma pessoa desconhecida.
         A distinção entre funções necessárias e desnecessárias é, na maioria dos casos, a operação mais importante e mais complexa da análise de valor. (Identificar as atividades que não agregam valor).
         O sistema convencional pesquisa os ajustes que podem ser introduzidos nos processos de produção ou venda de um produto ou serviço, com o objetivo precípuo de eliminar ou substituir materiais e/ou atividades que representem custos desnecessários.
     O sistema de Análise de Valor, por sua vez, volta-se para a relação produto-cliente, analisando as funções do referido produto em comparação com as expectativas de seu usuário, com vistas às finalidades simultâneas de aumentar a utilidade do produto ao consumidor e racionalizar os custos daquele.
     Em função dessas finalidades, nota-se que a Análise de Valor não se reduz a uma simples técnica de corte de custos, uma vez que, para a maximização da utilidade de um produto ou serviço (que é seu objetivo final), esse tipo de análise pode, frequentemente, recomendar o aumento desse custo, o que tenderá a redundar em aumento de lucros, dada a maior aceitação do produto em função do crescimento da sua utilidade para o consumidor.
     É importante perceber o que pode e o que não pode ser simplificado ou até eliminado no produto ou em seu processo produtivo. Da boa execução dessa etapa resultará a correção da racionalização de custos ou a alteração de especificações que virão a ser recomendadas.

QUESTIONAMENTOS:
    Me parece visível a mudança que a contabilidade de custos sofreu na última década. O preço do produto não é mais determinado pela linha de produção, e sim, pelo mercado consumidor. Como o mercado define o preço, me parece que a melhor análise deve partir da percepção que o cliente faz do preço do produto, para depois eu adequar a minha produção, ou, em casos drásticos, sair do mercado.
  Portanto, nesta análise, volta a insistir na importancia dos indicadores não-financeiros de gestão, pois eles podem apontar questões que influenciam na percepção que o cliente faz dos meus produtos.

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