sábado, 25 de setembro de 2010

RESENHA: Gerenciando Mudança e Transição (Mike Beer)

   

Uma ótima obra para complementar leituras sobre planejamento estratégico, levando em conta que o fator humano (e sua resistência à mudanças) costuma apresentar as maiores dificuldades para implantação da estratégia.
    As mudanças que partem do topo criam também problemas humanos. As pessoas opõem-se à soluções impostas por indivíduos que não têm familiaridade com suas funções cotidianas.
    Por definição, os líderes primeiro criam uma visão atraente do futuro e depois desenvolvem uma estratégia lógica para torná-la realidade.
   As empresas são sistemas sociais, não máquinas. Para ser eficaz, uma solução técnica deve inserir-se confortavelmente em seu tecido social; do contrário, o sistema imunológico da empresa atacará. As pessoas que deles participam possuem identidades, relacionamentos, comunidades, atitudes, emoções e poderes diferenciados. Assim, quando se tenta mudar alguma parte do sistema, todos esses fatores entram em jogo, acrescentando vários níveis de complexidade a qualquer processo de transformação. Para que a gestão das mudanças seja bem-sucedida, é preciso reconhecer, antes de mais nada, a primazia dos fatores humanos e dos sistemas sociais em que elas se operam.
  Tendemos a seguir trilhas familiares, confortáveis, seguras e satisfatórias. E não ansiamos por mudar, a menos que haja bons motivos para tanto. Temos também nossas "rotinas sociais" no trabalho - associações com colegas que satisfazem nossas necessidades de animais sociais -, e alterações impostas a essas rotinas são igualmente mal recebidas.
   "O reformador tem inimigos em todos aqueles que se beneficiam da ordem antiga" (Maquiavel)

  "Jamais permita que alguém se sinta excessivamente à vontade em suas funções"

 Repensar às resistências à mudança significa vê-la como uma parte normal da adaptação, algo que quase todos nós fazemos como proteção. Trata-se de uma fonte potencial de energia e também de informações sobre o projeto de mudança e seus rumos. Portanto, em vez de considerar toda resistência um obstáculo, tente entender suas origens, suas razões e sua essência potencialmente afirmativa. Isso pode abrir novas possibilidades para a efetivação da mudança.

 QUESTIONAMENTOS: em meio à Revolução Contábil que estamos passando, é inevitável mudar nossa postura e comportamento em relação aos escritórios e empresas em que trabalhamos. A nova postura da contabilidade exige personalidade de aprendizado constante,  e para que isto funcione, os gerentes precisam entender os aspectos humanos das empresas, para tirar melhor proveito das mudanças. Entender que "sair da zona de conforto" significa abrir a mente para novos aprendizados. Achei esta obra muito interessante, por buscar responder questões que frequentemete nos deparamos dentro das organizações: Como lidar com o fator humano da mudança??

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