A Governança Corporativa tem sido objeto de estudos em todo o mundo e é amplamente reconhecida como um fator essencial para o acesso das empresas ao mercado de capitais. Ao procurar definir princípios que visam compor os diversos interesses afetados pelas leis, regras e regulamentos internos que regem o governo das companhias, sua conceituação apresenta grande abrangência podendo incluir apenas os interesses dos acionistas da sociedade, ou, de maneira mais ampla, outros interesses que não exclusivamente o interesse dos acionistas, mas também dos empregados, consumidores e membros da comunidade.
A Governança traz consigo a idéia de um melhor relacionamento entre acionistas, administradores, conselheiros, gestores e os demais stakeholders.
Os quatro pilares de boas práticas de governança: Equidade, Prestação de Contas, Transparência e Sustentabilidade Corporativa.
OBJETIVO: Criar um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado com o interesse dos acionistas.
Conceitualmente a Governança Corporativa surgiu para superar o "conflito de agência", decorrente da separação entre a propriedade e a gestão empresarial. Nesta situação, o proprietário (acionista/quotista) delega a um agente especializado (executivo) o poder de decisão sobre sua propriedade. No entanto, os interesses do gestor nem sempre estão alinhados com os do proprietário. A preocupação da Governança Corporativa é criar um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado com o interesse dos acionistas.
A boa Governança proporciona aos proprietários a gestão estratégica de sua empresa e a monitoração da direção executiva. As principais ferramentas que asseguram o controle da propriedade sobre a gestão são: o conselho de administração, auditoria independente e o conselho fiscal. A empresa que opta pelas boas práticas de Governança Corporativa adota como linhas mestas a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade corporativa.
QUESTIONAMENTOS: da mesma forma que a padronização mundial da contabilidade em uma linguagem única, com o Brasil criando o CPC (Comite de Pronunciamentos Contábeis) com a premissa de emitir regras compativeis com o Padrão Internacional de Contabilidade, inicialmente afetando as grandes empresas, e atualmente (conforme própria recomendação do CFC) afetnado TODAS as empresas, cabe a nós pensarmos também se as demais práticas adotadas mundialmente pelas grandes empresas (que procuram manter imagem junto ao público investidor), passarão aos poucos a fazer parte da rotina das pequenas e médias empresas. A relação de agência, existe tanto nas grandes, como nas pequeas e médias empresas, e o que minha empresa faz para se proteger dos "custos de agência"? Como fortalecer a Transparência e alinhamento de interesses dentro de minha pequena e média empresa? Entendo que não só a padronização mundial da linguagem de negócios devem ser implantadas e exigidas em todas as empresas mundiais (independente do porte) como também deve-se expandir os modelos e boas práticas de gestão, tais como Governança Corporativa para todas as empresas, levando em conta, obviamente, o custo da informação, mas sempre é possível criar modelos enxutos, objetivos e adaptados.
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